Houve caminhadas e reuniões em Planaltina, Arapoanga, Brazlândia, Paranoá, Itapoã, Estrutural, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Sobradinho, Sobradinho II, Fercal, Ceilândia, Samambaia. As atividades vão até domingo, inclusive no Plano Piloto e Varjão.
A abertura da campanha em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual e à Exploração Sexual contra a Criança e Adolescente, comemorado, hoje, 18, foi realizada no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Planaltina. A data recebeu destaque ao som da banda do Corpo de Bombeiros e uma caminhada pela cidade. Participaram do evento cerca de 450 pessoas, entre estudantes, servidores, esportistas, integrantes do CRAS, Centro de Referência Especializado Assistência Social (CREAS) e Centro de Convivência (COSE), e Bombeiros Mirins.
Durante a tarde de hoje e de amanhã a comunidade ainda receberá uma sequência de palestras informativas com foco na prevenção e estandes que tratam sobre o tema e advertem sobre situações corriqueiras que estão relacionadas ao abuso sexual e violência contra as crianças e adolescentes. A ação começou no domingo com panfletagem dos servidores pelos principais pontos da cidade e vai até sábado com a distribuição de panfletos pelos bares da região.
A campanha é da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos em parceria com o Departamento de Trânsito do DF (DETRAN), Polícia Militar e Civil, Regional de Ensino, Administração Regional de Planaltina, Corpo de Bombeiros e CRAS de Arapoanga.
A gerente do CRAS de Planaltina, Kelly Silva, afirmou que a unidade trabalha com foco na prevenção e essa ação afeta diretamente o objetivo da assistência realizada com as famílias frequentadoras do CRAS. “Sei que existe um quantitativo enorme de abuso, o qual ainda máscara a real situação, pois nem todo mundo tem a iniciativa de denunciar. Muitos ainda nem sabem o que configura o abuso e sofrem calados”, disse.
Segundo ela, o fato de colocar um filme que é impróprio para certa idade já se configura como abuso e como normalmente quem faz isso são pessoas próximas às crianças elas não conseguem identificar a atitude como abuso. “Por isso é tão importante ter ações iguais a esta, pois elas alertam e educam a população em relação ao tema. Acima de tudo também advertem sobre os canais que recebem essas denúncias e reafirma a importância de se denunciar e responsabilizar os autores de violência sexual contra a população infanto-juvenil.”, completou.
O Centro de Ensino 3 de Planaltina promoveu aulas durante todo o mês que explicavam sobre o que é abuso, como acontecem e como denunciar. Para a professora Lisilene Lopes, quanto mais informações seus alunos tiverem mais fácil será para eles denunciarem alguma situação vivida ou presenciada por eles. “A escola também é uma porta para o denunciante”, afirmou.
O Subtenente Elisângelo disse que é muito comum que esses abusos sejam esquecidos e quando são fornecidos eventos, como estes, as crianças refletem e acabam denunciando. “O evento dá voz as elas, pois esse assunto é pouco relatado na mídia”, explicou.
Denúncia
Pessoas que sofrem, já sofreram ou presenciaram situações de abuso sexual e/ou exploração sexual devem denunciar e ligar no “Disque 100” para relatar o ocorrido. Caso precisem de acompanhamentos é importante procurarem um CRAS, Conselho Tutelar e/ou a Delegacia de Proteção. Situações configuradas como abuso e exploração sexual são mais comuns do que imaginamos. Em Planaltina tem-se conhecimento de diversos casos, que são inclusive, acompanhados pelo CREAS da cidade.
No Brasil, o “Disque 100”, criado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, é um serviço de recebimento, encaminhamento e monitoramento de denúncias de violência contra crianças e adolescentes. Os dados mostram que 80% das vítimas são do sexo feminino.
O Disque 100 funciona diariamente de 8h às 22h, inclusive Nos finais de semana e feriados. As denúncias são anônimas e podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita para o número 100; e do exterior pelo número telefônico pago 55 61 3212-8400 ou pelo endereço eletrônico: disquedenuncia@sedh.gov.br.