O “Dia Nacional da Consciência Negra”, celebrado em 20 de novembro, rememora e exulta a resistência pela morte do líder Quilombola Zumbi dos Palmares no século XVII.
O Brasil é uma nação marcada por práticas racistas e discriminatórias que justificaram e organizaram as relações sociais, de trabalho e o modo de produção – baseado no uso da mão de obra escravizada negra africana – promovendo a racialização entre indivíduos e coletividades.
Passados 126 anos da Abolição da Escravatura, a população afro-brasileira ainda não detém as mesmas condições de dignidade humana e acesso a bens e serviços públicos e privados que as demais populações não-negras, sobretudo a branca, evidenciando não apenas o racismo nas relações interpessoais, mas também o racismo institucional das organizações públicas e instituições privadas no trato com o público negro.
Em 10 de novembro de 2011, após mais de 30 anos de resgate histórico promovidos pelos movimentos negros brasileiros, a Lei 12.519/2011 oficializou o Dia da Consciência Negra.
Além de exultar a memória do maior líder quilombola da história do Brasil, a nacionalização do 20 de novembro visa um ideal de respeito e valorização das culturas e populações negras ainda tão discriminadas no Brasil, e assume o compromisso do Estado com a redução das desigualdades raciais no país.
Neste sentido, torna-se cada vez mais comum a realização de eventos culturais e educacionais acerca dos temas relacionados à negritude nos meses de novembro.
Com vistas à celebração do Mês da Consciência Negra por parte do Governo de Brasília, a Subsecretaria de Igualdade Racial da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos está a realizar atividades formativas e culturais para a população do Distrito Federal, assim como apoiando a realização de atividades promovidas por órgãos parceiros e pela sociedade civil.
Desta forma, as atividades e palestrantes incentivam as falas e trajetórias de profissionais, acadêmicos e personalidades afrodescendentes do Distrito Federal, com vistas à consolidação da representação positiva da população negra, assim como de seu protagonismo.