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8/05/18 às 14h17 - Atualizado em 29/10/18 às 12h07

Capacitação de pessoas com trajetória de Rua devolve cidadania

Um curso do Instituto Ipês, Instituto de Projetos de Economia Solidária, está capacitando 150 pessoas durante 60 horas e em duas semanas, para abordarem pessoas em situação de rua.  A identificação, recuperação de documentos, a busca da reabilitação- quando necessária- objetivando trabalho e a profissionalização. Tratar os desiguais como desiguais mas, com respeito, essa é a linha de trabalho. Transformar o desejo em uma fórmula de transformação social, foi uma das orientações dadas pelos monitores do Serviço Especializado em Abordagem Social. No grupo, 85 pessoas já estiveram na mesma situação dos que serão abordados e entendem a realidade de quem tem a rua como moradia.

 

Jailson Borges de Oliveira, do Maranhão, é um dos treinandos que diz que já fez de tudo; catador, flanelinha e por dez anos não tinha um endereço social. Hoje recebe auxílio aluguel por seis meses e reconhece o esforço para se reestruturar.”Só quero ajudar as pessoas que como eu já enfrentaram também a dependência química e até mesmo situações piores que a minha. Quero que essas pessoas sejam visíveis para a sociedade, sejam cidadãos e tenham o simples direito de entrar em um lugar público”. Francisco Leal, que estagiava no ministério público como assistente social e está concluindo o curso, comentou; “abraço essa oportunidade porque é a cara do meu trabalho. A dificuldade do nordestino que vem para a cidade grande foi a minha maior dificuldade”.

 

A subsecretária de Assistência Social, Marta Sales aconselhou a turma à sempre ouvir os assistentes sociais e psicólogos pois,”a dimensão do trabalho vocês não tem a noção do alcance e da importância que é esse papel. E jamais tenham ações bruscas e resistências, concluiu no seu discurso de boas vindas ao grupo. Na solenidade de abertura da Segunda Turma de Capacitação do Serviço Especializado em Abordagem Social os alunos ouviram histórias que inspiram a qualquer um a vencer as adversidades.

 

Ilda Peliz, secretária da Sedestmidh disse que lutou muito e venceu preconceitos machistas para se estabelecer no trabalho. E perdas, como a filha com câncer e a luta a que se lançou pelo tratamento digno à crianças com a mesma enfermidade que a levou a presidir, por 20 anos, a ABRACE.
Ilda Peliz lembrou a forma sutil da abordagem de resultado ” pense no outro, se coloque no lugar do outro para entender a situação que ele vive”.

 

Felipe Arêda, Diretor do DISEF, educador social, se dirigiu aos alunos dizendo a eles: ” vocês não são muito diferentes de mim”. Filho de um ex-engraxate, enfrentou a violência com altivez, e tem um outro olhar à quem já esteve na mesma situação que passou. “Olho com profundo reconhecimento, com igualdade; um olhar de profunda humanidade. O educador não é um mártir, deve ser visto de forma amorosa, pois luta pelas políticas públicas e humanas e transforma vidas”.
E lembrou que um dia um educador o ensinou;” a ter resiliência, a não dizer que já fez de tudo e não resolveu, pois um pai não desiste de um filho porque , um olhar de possibilidades é um olhar de transformação social”, concluiu o educador social, um dos orientadores do curso.

 

O Instituto Ipês tem uma parceria com a Sedestmidh e é mantido por associados, que atuam também nas frentes de atendimento.

 

Por: Claudia Miani

Um curso do Instituto Ipês, Instituto de Projetos de Economia Solidária, está capacitando 150 pessoas durante 60 horas e em duas semanas, para abordarem pessoas em situação de rua.  A identificação, recuperação de documentos, a busca da reabilitação- quando necessária- objetivando trabalho e a profissionalização. Tratar os desiguais como desiguais mas, com respeito, essa é a linha de trabalho. Transformar o desejo em uma fórmula de transformação social, foi uma das orientações dadas pelos monitores do Serviço Especializado em Abordagem Social. No grupo, 85 pessoas já estiveram na mesma situação dos que serão abordados e entendem a realidade de quem tem a rua como moradia.

 

Jailson Borges de Oliveira, do Maranhão, é um dos treinandos que diz que já fez de tudo; catador, flanelinha e por dez anos não tinha um endereço social. Hoje recebe auxílio aluguel por seis meses e reconhece o esforço para se reestruturar.”Só quero ajudar as pessoas que como eu já enfrentaram também a dependência química e até mesmo situações piores que a minha. Quero que essas pessoas sejam visíveis para a sociedade, sejam cidadãos e tenham o simples direito de entrar em um lugar público”. Francisco Leal, que estagiava no ministério público como assistente social e está concluindo o curso, comentou; “abraço essa oportunidade porque é a cara do meu trabalho. A dificuldade do nordestino que vem para a cidade grande foi a minha maior dificuldade”.

 

A subsecretária de Assistência Social, Marta Sales aconselhou a turma à sempre ouvir os assistentes sociais e psicólogos pois,”a dimensão do trabalho vocês não tem a noção do alcance e da importância que é esse papel. E jamais tenham ações bruscas e resistências, concluiu no seu discurso de boas vindas ao grupo. Na solenidade de abertura da Segunda Turma de Capacitação do Serviço Especializado em Abordagem Social os alunos ouviram histórias que inspiram a qualquer um a vencer as adversidades.

 

Ilda Peliz, secretária da Sedestmidh disse que lutou muito e venceu preconceitos machistas para se estabelecer no trabalho. E perdas, como a filha com câncer e a luta a que se lançou pelo tratamento digno à crianças com a mesma enfermidade que a levou a presidir, por 20 anos, a ABRACE.
Ilda Peliz lembrou a forma sutil da abordagem de resultado ” pense no outro, se coloque no lugar do outro para entender a situação que ele vive”.

 

Felipe Arêda, Diretor do DISEF, educador social, se dirigiu aos alunos dizendo a eles: ” vocês não são muito diferentes de mim”. Filho de um ex-engraxate, enfrentou a violência com altivez, e tem um outro olhar à quem já esteve na mesma situação que passou. “Olho com profundo reconhecimento, com igualdade; um olhar de profunda humanidade. O educador não é um mártir, deve ser visto de forma amorosa, pois luta pelas políticas públicas e humanas e transforma vidas”.
E lembrou que um dia um educador o ensinou;” a ter resiliência, a não dizer que já fez de tudo e não resolveu, pois um pai não desiste de um filho porque , um olhar de possibilidades é um olhar de transformação social”, concluiu o educador social, um dos orientadores do curso.

 

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Por: Claudia Miani

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