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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
12/05/22 às 14h08 - Atualizado em 12/05/22 às 14h08

Para reflexão sobre a maternidade, encontros reúnem mães no Gama

Iniciativa teve como foco o fortalecimento de políticas assistenciais direcionadas a mulheres e suas famílias

 

Em homenagem ao Mês da Mães, o Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon) Gama Sul, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), promoveu três encontros voltados à reflexão sobre a maternidade. Participaram mães de crianças e de adolescentes atendidos pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV).

 

O último encontro, na terça (10), contou com a participação de uma psicóloga e de uma assistente social do Centro do Referência de Assistência Social (Cras) Gama. Oferecer um espaço de escuta e de diálogo sobre maternidade e políticas sociais é o objetivo desta iniciativa, que também representa uma oportunidade para os profissionais que acompanham essas famílias.

 

 

“Em vez de fazer um café da manhã ou uma festa, entendemos que seria importante oferecer esse espaço de escuta, de ouvir essas mães que têm filhos assistidos aqui na nossa unidade, entender os processos delas, de como elas se tornarem mães, além de saber como elas entendem o papel do serviço”, resume a chefe do Cecon Gama Sul, Flávia Mendes.

 

“Elas falaram como é bom ter um espaço onde elas podem ser vulneráveis, porque em casa, às vezes, o grande esforço é para parecer forte, não demonstrar fraqueza, não chorar na frente dos filhos, e aqui elas puderam se expressar livremente”, conta Flávia. “Conseguimos perceber a multiplicidade de processos que envolvem a maternidade.”

 

Participante dos encontros, Uilma Silva, 39 anos e mãe de uma adolescente de 15 acompanhada pelo Cecon Gama Sul, gostou da ação. “Foi maravilhoso, me senti à vontade para contar minha história, conversar”, diz. “Também gostei de ouvir o que as outras mães tinham para dizer, suas vivências. Eu via a maternidade como um fardo; a vida sempre foi muito difícil, sempre tive que trabalhar para sustentar minha família. Por isso, hoje, faço questão que minha filha estude para que ela tenha o que eu não tive.”

A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, reforça: “Nós, mães, temos que ter vários braços: ser mãe, profissional, mulher. É a responsabilidade pelo cuidado, pela educação, pela formação dos nossos filhos. Por isso, ter espaços de fala como esse, para elas desabafarem, refletirem, é fundamental. É tornar a maternidade mais leve”.

 

Encontros

 

No primeiro encontro, as participantes falaram sobre o que identificam em seu papel de mãe, suas qualidades e defeitos, como elas veem ou viam suas próprias mães e como é a educação de seus filhos. “Elas se sentiram bem em poder falar, mostrar e tentar entender as próprias vulnerabilidades”, relata Flávia Mendes.

 

O segundo encontro foi remoto e teve como foco o a influência da maternidade na educação, no trabalho e nas relações sociais. “A intenção era também saber como, na opinião das mães, o serviço de convivência impacta a maternidade, no cuidado dos filhos e se, para elas, o Estado oferece apoio adequado.”

 

“A atuação conjunta com a equipe do Cras favorece a articulação necessária e complementariedade entre os serviços de convivência e de Proteção e Atendimento Integral à Família [Paif], possibilitando o atendimento integral das famílias referenciadas”, avalia o diretor de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Sedes, Clayton Andreoni.

 

Cynthia Ribeiro

 

 

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