A primeira oficina de arte urbana do mundo exclusiva para transexuais, travestis, transgêneros e pessoas não binárias, a Transgrafitti começou hoje (6/1/17) no Centro Cultural da Caixa Econômica Federal.
As aulas vão até domingo e contam com o apoio do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas da Diversidade), da Secretaria Adjunta do Desenvolvimento Social. Das oito pessoas presentes, 7 são acompanhadas pelo local.
As aulas são dadas pelo artista urbano Ozi, que possui mais de trinta anos de experiência e já participou de diversas exposições. Para ele, o curso tem a função de inserir essas pessoas na sociedade, pois elas muitas vezes não possuem oportunidades de conhecer o universo da arte.
“Estou compartilhando conhecimentos, e isso é muito importante”. Ozi também promete promover uma pintura coletiva com os alunos na área externa da Caixa, no final da oficina.
A oficina além de desmitificar o grafite, a arte urbana que historicamente foi marginalizada, também serve como uma forma do público alvo se encontrar, redescobrir e se achar no mundo que vivem, afirma a psicóloga do Creas, Alice Saad.
O referenciado pelo Centro, Gustavo Oliveira, por exemplo, afirmou durante as aulas que antigamente passou por momentos de desespero, tentou até se matar e o desenho o salvou desta angústia. Hoje a arte tem grande proporção na sua vida e essas aulas de grafite o aperfeiçoarão ainda mais.
Por: Camila Piacesi