(23/05/2011 – 14:41)
Na manhã desta sexta-feira (20), no auditório do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), aconteceu o seminário “A dimensão e a medida da pobreza extrema no Brasil”. Marcio Pochmann, presidente do IPEA, abriu o seminário ressaltando a importância da discussão do tamanho da pobreza extrema e de todas as suas dimensões, como acesso a serviços e o exercício da cidadania.
A secretária Arlete Sampaio compôs a mesa em conjunto com Oswaldo Russo, diretor de Estudos e Políticas Sociais da Codeplan, Rômulo de Souza, secretário executivo do MDS e Jorge Abrahão, diretor de Estudos e Políticas Sociais do IPEA. Abrahão apresentou “A dimensão e medição da pobreza extrema e a situação social e a pobreza extrema no DF”. Ressaltou a diferença entre a linha de extrema pobreza e a de elegibilidade dos Programas Sociais, a existência de números diferentes porque as fontes são distintas (Censo, PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, POF – Pesquisa de Orçamentos Familiares) e a importância em focalizar nos que mais precisam. “Caso a linha de pobreza extrema seja alta, o grupo que mais precisa – o mais difícil de ser tirado da extrema pobreza, tende a se diluir nas estatísticas” enfatizou Abrahão.
Na apresentação da situação social e da pobreza extrema do Distrito Federal, ficou evidente que os idosos, as mães com filhos e a população em idade ativa (PIA) extremamente pobres são em maior número em comparação ao Brasil. A barreira de entrada da PIA no mercado de trabalho no DF também é maior porque, apesar da média de renda ser alta, como Brasília é uma economia de serviço, as exigências são grandes. “O grande desafio do Distrito Federal é encontrar um modo de fazer inclusão produtiva com uma população com baixa escolaridade” disse a secretária Arlete Sampaio.