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26/11/14 às 13h50 - Atualizado em 29/10/18 às 11h44

Sedest e Dieese divulgam pesquisa com beneficiários do Bolsa Família

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A Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgaram na manhã desta quarta-feira (26), os resultados da Pesquisa “Avaliação do Impacto de Suplementação Financeira e Acesso aos Serviços Públicos”.

“A partir de 2011, com o Plano DF Sem Miséria, das 93 mil famílias do Bolsa Família, 63 mil passaram a receber complemento de renda pelo GDF. Segundo o Censo Demográfico/IBGE, em 2010, o DF possuía 1,8% de sua população com renda per capita inferior a R$70 (linha da extrema pobreza) e 7,3% abaixo de R$140 (linha da pobreza). Já em 2013, segundo a PDAD/Codeplan, a população extremamente pobre caiu para 0,7% do total e a população em situação de pobreza caiu para 2,4% do total, ou seja, uma redução de 61,1% e 63% nas taxas de extrema pobreza e pobreza, respectivamente, entre 2010 e 2013”, comentou o Secretário Osvaldo Russo, da Sedest.

“Com a pesquisa, foi possível perceber que o CRAS é referência para a população de baixa renda e que ele cumpre seu papel de forma efetiva”, reforçou Antônio Ibarra, do Dieese.

A Pesquisa entrevistou 2.668 domicílios e, apenas os titulares inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais referentes ao mês de abril de 2014 com informações cadastrais atualizadas nos últimos dois anos, foram entrevistados. Ela comparou quatro grupos de inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais: Grupo 1, formado por famílias beneficiárias do Bolsa Família com complementação do DF Sem Miséria; Grupo 2, de famílias do Bolsa Família que não recebem complementação; Grupo 3, de famílias cadastradas no Cadastro Único com renda entre R$ 154,00 e R$194,00; e, Grupo 4, de famílias cadastradas com renda acima de R$ 194,00.

A pesquisa verificou que 85,2% das famílias entrevistadas eram chefiadas por mulheres; 67,1% estavam na faixa etária de 30 a 49 anos; e 21,1%, com idade até 29 anos. Entre os beneficiários do Bolsa Família (Grupos 1 e 2) o percentual de famílias chefiadas por mulheres jovens (abaixo de 25 anos) foi mais expressivo do que nos demais grupos. O Grupo 1 apresentou o maior número médio de crianças por domicílio, 1,56.

Em relação ao orçamento familiar, a pesquisa apontou que, nos Grupos 1 e 2, 1/3 do orçamento foi utilizado com despesas em moradia. A alimentação foi o segundo item mais dispendioso para todos os grupos. As despesas de habitação e alimentação representaram 60,1% do orçamento, enquanto para os não beneficiários, totalizaram 53,1%. Para as famílias beneficiárias, as despesas com saúde corresponderam a 5,6% da despesa total, sendo que 90,9% deste montante corresponderam a remédios;

Sobre as condições de moradia, em média, 95,6% das famílias residiam em moradias de alvenaria. Além disso, 33,22% dos beneficiários do Bolsa Família e DF Sem Miséria (Grupo 1) estavam inscritos no Programa Morar Bem.

Em relação a trabalho, emprego e renda, 48,9% dos entrevistados beneficiários do Bolsa Família e DF Sem Miséria tinham uma ocupação; no Grupo 2, esse percentual atingia 57%; no Grupo 3, 58,9% e 46,6% no Grupo 4. 50,8% dos beneficiários do Bolsa (Grupos 1 e 2) trabalhavam, enquanto entre os não beneficiários o percentual é de 47,1%. A taxa de desemprego foi de 20,2% para os indivíduos do Grupo 1, para os Grupos 2 e 3, de 9,7%; e para o Grupo 4, 16,7%. O que indica que apesar do público do Grupo 1 apresentar número considerável de pessoas que trabalhavam, outro montante tinha dificuldade de inserção no mercado de trabalho.

Em busca de trabalho, 30,1% dos entrevistados procuraram o SINE ou a Agência do Trabalhador. 60% dos entrevistados que não trabalhavam e nem procuravam emprego afirmaram que isso se devia aos afazeres domésticos. A Pesquisa apontou ainda que 48% dos entrevistados do Grupo 1 afirmaram que trabalhavam com serviço doméstico por menos de 30h de jornada semanais, indicando que grande parte das mulheres que trabalhavam como domésticas eram diaristas e não mensalistas.

Saiba mais

Acesso a Serviços e Programas Sociais:

•        Quase as totalidades dos entrevistados conhecem o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS);

•        62% das famílias vulneráveis teve ao menos um de seus membros atendidos no CRAS nos últimos 12 meses.

•      28,5% das famílias entrevistadas são beneficiadas pela Tarifa Social de Energia Elétrica. Uma em cada cinco famílias do Grupo 1 recebeu geladeira do programa de distribuição de geladeiras e de lâmpadas da CEB;

•        37,1% das famílias frequentam os Restaurantes Comunitários no DF;

•      O índice de atendimento (número de atendidos/número que procurou) superou os 90% nos hospitais, postos de saúde e UPAS. No Grupo 1, o índice de atendimento hospitalar ficou em 92,6% e nos postos de saúde, em 91,6%;

•        41,8% dos entrevistados do Grupo 1 receberam visitas de agentes de saúde nos últimos 12 meses. Além disso, uma em cada cinco mulheres foi atendida pela Carreta da Mulher.

Escolaridade e acesso à creche e escola:

•        No Grupo 1, 51,5% das crianças frequentam creches, ensino infantil ou ensino fundamental I. Para o Grupo 2, esse percentual é de 44,8%; no Grupo 3, de 40,7% e no Grupo 4, de 48,7%;

•      As crianças que se encontram em creches permanecem, em sua grande maioria, em tempo integral. Entre as famílias vulneráveis, três em cada quatro crianças que estão na creche estão em período integral;

•        Das famílias com filhos na escola, o percentual de responsáveis que respondeu que não há dificuldades em relação à frequência escolar é bastante elevado (70,9%). No Grupo 1, 71,1% dos pais não apontam dificuldade para que seus filhos estudem. Para aqueles que apontam dificuldades, destacam-se as questões de segurança a caminho da escola, a distância e a falta de transporte. 

Avaliação da qualidade de vida:

•        Nos últimos 2 anos, a aquisição com maior destaque nas respostas foi o celular, seguido da máquina de lavar e geladeira;

•       Quanto à avaliação sobre a capacidade de pagar as despesas com as principais contas (água, luz, telefone, etc.), 65% das famílias do Grupo 1 atribuíram notas 1 ou 2, o que revela que essas despesas são pagas com grande dificuldade;

•        Em relação à alimentação, 65% dos entrevistados do Grupo 1, atribuíram notas de 3 a 5 tanto para a quantidade como a qualidade de alimentos;

•        Em relação à condição de saúde da família, as famílias no Grupo 1, atribuíram a nota média de 3,4 neste quesito;

•        74,7% das famílias do Grupo 1 perceberam melhoria nas condições de vida da família nos últimos 2 anos.

 

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