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30/07/13 às 22h14 - Atualizado em 29/10/18 às 11h44

Sedest lança o Cidade Acolhedora

Governador Cidade Acolhedora

Cidade Acolhedora é o conceito que a Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda pretende difundir a partir da ampliação do Serviço de Abordagem Social. Por meio da ampliação do Serviço, será possível garantir apoio, orientação e acompanhamento a famílias e indivíduos em situação de rua em todo o DF. “Com a ampliação do Serviço, será possível mostrar para as pessoas que hoje vivem nessa situação que Brasília irá cuidar delas de maneira diferenciada, com dignidade e respeito”, reforçou Daniel Seidel, Secretário de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda.

A deputada distrital Arlete Sampaio reforçou que população em situação de se rua não é caso para polícia e sim para políticas públicas. “É preciso compreender essa diversidade, as pessoas vão para as ruas por várias razões, e isso exige do Governo respostas de políticas diversas”, disse.  

Carlos Alberto Ricardo Junior, coordenador do Comitê de Acompanhamento Intersetorial da Política Nacional para a População em Situação de Rua, parabenizou o Governo do Distrito Federal pela iniciativa. “Espero que o exemplo do DF inspire outras unidades da federação. Fico mais feliz por que uma reivindicação do Movimento Nacional de População de Rua, a de que ter profissionais nas equipes que já vivenciaram essa situação, foi atendida. Porque ninguém conhece melhor essa realidade do que quem já a viveu. A política para população em situação de rua tem que ser construída junto com essa população. É preciso vencer a cultura do preconceito e da discriminação, e estabelecer a da igualdade e do respeito”, reforçou.

O Serviço Especializado de Abordagem Social – Cidade Acolhedora possibilitará à população em situação de rua os seguintes benefícios: reinserção familiar e no mercado de trabalho; retorno aos estados de origem; aumento no número de famílias e pessoas atendidas nos serviços de acolhimento; aceitação de tratamento de drogadição na rede de saúde pública e em instituições parceiras; diminuição significativa de pessoas usando o espaço público como moradia e/ou pontos de consumo de drogas; encaminhamento para a rede socioassistencial; acesso à documentação civil; inclusão no Cadastro para Programas Socais; acesso a benefícios de transferência de renda, entre outros.  

Cidade AcolhedoraCada uma das 28 equipes (sendo 14 por dia) é composta por um Assistente de Coordenação ou Chefe de Equipe (preferencialmente Assistente Social), dois Orientadores Sociais, um Facilitador (pessoa que já vivenciou a situação de rua) e um motorista. Os facilitadores têm como principal objetivo a criação de vínculos dessa população com a equipe técnica. As equipes utilizarão, para o serviço de abordagem, 1 veículo tipo Kombi.

A facilitadora Ana Clara Rodrigues, de 46 anos, conta que entre idas e vindas da rua se envolveu com diversas drogas, tráfico e prostituição. “Fiquei no fundo do poço por 4 meses. A gente perde a dignidade, o pudor. É uma situação muito difícil, você fica com vergonha de voltar pra casa, com medo do julgamento das pessoas”, disse.

Mãe de sete filhos, Ana foi internada por sete meses para tratamento de drogadição, se destacou nas atividades do Centro de Apoio e foi convidada para virar monitora. A partir daí a vida deu nova guinada, ela voltou a ter contato com os filhos e está muita animada com a oportunidade de trabalhar no Cidade Acolhedora. “Estou me fortalecendo a cada dia e acredito que sou exemplo vivo que dá certo, que é possível superar as dificuldades. Quero dar esperança para as famílias e mostrar para a sociedade que, com cuidado, amor e assertividade, é possível ajudar as pessoas que estão na rua”, finalizou.

A ampliação do Serviço Especializado de Abordagem Social fortalecerá o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no DF e será realizada por meio de convênio firmado com a Associação Casa Santo André e tem como objetivo a abordagem continuada e articulada de aproximadamente 2.500 pessoas, entre adultos, crianças e adolescentes que utilizam a rua como espaço de moradia e/ou sobrevivência, de acordo com a Política para Inclusão da População em Situação de Rua do DF.

O Cidade Acolhedora contará com abordagem social inclusive durante a noite, permitindo a intervenção em casos de exploração sexual comercial de crianças e adolescentes, fenômeno predominantemente noturno, bem como do comércio informal que ocorre em bares e em locais de grande incidência de tráfico. Além disso, funcionará como estratégia de Busca Ativa para cadastramento dessa população em situação de rua, visando a garantir seu acesso a direitos socioassistenciais. Para tanto, 164 pessoas da entidade Associação Casa Santo André foram capacitadas pela SEDEST.

As equipes começarão a abordagem no dia 5 de agosto.

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