(17/06/2011 – 17:31)
Na manhã desta quarta-feira (15), a secretária Arlete Sampaio participou do Painel “Objetivo 1 do milênio: acabar com a fome e a miséria” no Seminário Internacional “O desenvolvimento humano de Brasília e os objetivos do milênio”, realizado no Centro de Convenções de Brasília. O evento, organizado pela Companhia de Planejamento do DF (CODEPLAN), segue até quinta-feira (16), com painéis sobre os objetivos do milênio (ODM) seguidos de debates. São os objetivos do milênio: 1) erradicar a extrema pobreza e a fome; 2) atingir o ensino básico universal; 3) promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; 4) reduzir a mortalidade na infância; 5) melhorar a saúde materna; 6) combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças; 7) garantir a sustentabilidade ambiental; e 8) estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
A secretária Arlete Sampaio, antes de apresentar o Plano pela Superação da Extrema Pobreza – DF Sem Miséria, registrou dois pontos importantes: o fato da CODEPLAN, que na gestão passada estava envolvida em escândalos de desvio de recursos públicos, nesta gestão promover seminário dessa natureza e voltar a exercer seu papel, e o tempo que o GDF perdeu por não estar sintonizado com os programas do Governo Federal.
Ao apresentar o Plano DF Sem Miséria, a secretária Arlete destacou a pesquisa encomendada pela SEDEST ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), onde são detectadas 33 áreas de vulneravilidade no DF, identificando as regiões da Ceilândia – Chácara, Itapoã – Fazendinha, Ceilândia – QNM, Brasília – Varjão, Planaltina – Buritis e a Estrutural como as mais vulneráveis socialmente. “Promover o acesso aos serviços públicos para a população residente nessas áreas é a nossa prioridade”, declarou a secretária. A pesquisa do DIEESE aponta como o grupo mais vulnerável aquele de famílias na qual há uma mulher chefe, sem cônjuge, com filhos menores de 15 anos e analfabeta. “É um grande desafio interromper o ciclo intergeracional da extrema pobreza”, concluiu a secretária.
A abertura do seminário foi realizada pelo governador Agnelo Queiroz que destacou o lançamento do Plano pela Superação da Extrema Pobreza – DF sem Miséria, no último dia 7 de junho. “O desenvolvimento humano é nossa maior prioridade. Devemos nos perguntar qual cidade queremos para os próximos anos e isso vai nortear nossas políticas públicas”, afirmou o governador. “Temos o desafio de pensar como aplicar essas metas do milênio em relação ao nosso programa de governo, porque a capital do Brasil não pode, de maneira nenhuma, ter fome ou miséria”, completou Agnelo Queiroz.
O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, considera o momento um marco para tornar real o que, antes, era apenas um sonho: erradicar, de fato, a miséria no Brasil. “Fico muito orgulhoso de ver um governo tão determinado em implementar essas medidas aqui no Distrito Federal. Somos de uma geração que sonhava em garantir a cada brasileiro qualidade digna de vida. Agora, estamos de posse de grande responsabilidade de atingir as metas do milênio, realizar nossos sonhos e fechar um ciclo para a nossa geração”, declarou. Ainda ressaltou a importância do engajamento da sociedade civil. “Não é só do Governo essa missão. É também da sociedade civil”, concluiu Gilberto Carvalho.
As ações do Governo Federal e do GDF foram elogiadas pelo representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Jorge Chediek. “O Brasil tem sido um dos maiores sucessos mundiais na defesa da dignidade humana e é muito importante o governo do Distrito Federal também ter assumido compromissos com o desenvolvimento sustentável”, avaliou.
Para o reitor da Universidade de Brasília (UnB), José Geraldo de Sousa Junior, a comunidade acadêmica também desempenha papel importante para o cumprimento das metas do milênio. “A universidade é necessária e emancipatória porque não apenas agrega conhecimento para participar do desenvolvimento civilizatório, mas organiza esse desenvolvimento”, disse.
O presidente da Codeplan, Miguel Lucena, surpreendeu os presentes e preferiu recitar uma poesia sobre os problemas sociais do DF, em vez de discursar. Nos versos, ele afirmava que, em quatro anos, “a miséria no DF será coisa do passado”.
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Márcio Porchmann, apresentou, de maneira sintética, o posicionamento do Brasil frente aos ODMs. “Pobreza e desigualdade não são problemas técnicos, mas políticos”, declarou.
Também estiveram presentes à abertura do seminário a coordenadora nacional da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Márcia Vasconcelos, o coordenador da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Gustavo Chianca, a coordenadora do Programa de Sobrevivência e Desenvolvimento Infantil do Unicef, Cristina Albuquerque, e o presidente da OAB/DF, Francisco Caputo.
Com informações da Secretaria de Estado de Comunicação do Distrito Federal
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