A exposição “Ozi 30 anos de arte urbana no Brasil” foi inaugurada ontem (10), às 18h, na Caixa Cultural, com uma parede toda grafitada em alusão a luta trans e com palavras de ordem contra a transfobia. O muro com cerca de 2 metros todo desenhado e colorido se destaca no local que é cercado de branco e monumentos de cores pasteis.
A parede fica na lateral do Centro e é fruto da oficina “Transgrafitti”, a primeira do mundo a ensinar arte urbana a pessoas transexuais, transgêneros, travesti e não binárias. Os desenhos são resultados de 16 horas/aulas divididas em três dias, e do apoio do Centro de Referência Especiaqlizado em Assitência Social (Creas) da Diversidade, da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh).
A Sedestmidh, por meio o CREAS da Diversidade, ajudou na divulgação do evento. Tanto que dos oito alunos presentes na oficina, sete são referenciados no Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), unidade do órgão que fornece atendimento psicológico e social a pessoas trans.
Como a oficina ganhou destaque e virou parte da exposição, os novos artistas urbanos foram convidados para participar da abertura do evento com a visita mediada pelo protagonista Ozi. A Secretaria foi representada na exposição pela assistente social e coordenadora do CREAS Diversidade, Ana Carolina Silvério e pela psicóloga Alice Saad. A coordenadora interina da Coordenação de Diversidade da Sedestmidh, Paula Benett, prestigiou a exposição.
ARTISTA
Ozi é paulistano e faz parte da primeira geração do grafite brasileiro, quando em 1985 iniciou suas primeiras intervenções urbanas, junto com Alex Vallauri e Maurício Villaça. Desde então, vem desenvolvendo sua pesquisa sobre a técnica de estêncil, criando suas obras a partir de uma estética pop.
Durante sua trajetória profissional, participou de diversas exposições coletivas e individuais no Brasil e exterior. Atualmente é representado pelas galerias Espace-L, em Genebra (Suíça), e A7MA, em São Paulo.
Seus trabalhos figuram em publicações nacionais e estrangeiras. O artista nunca parou de estudar e hoje é pós-graduado em História da Arte pela FAAP.