“Esses dados vão servir de base para o diagnóstico socioterritorial. O estudo vai permitir traçar um planejamento futuro e um plano de ação das unidades socioassistenciais. Cada local tem um diagnóstico. São informações que nós não encontramos em base de dados, como, por exemplo, a maior necessidade de fazer busca ativa, vulnerabilidade por causa do tráfico de drogas, guerra de gangues que não deixam meninos acessarem às escolas”, explica a diretora de formação da Sugip, Daiana Silva de Brito. “São coisas que os servidores vão aprendendo de acordo com depoimentos dos próprios usuários. Por meio disso, os trabalhadores começam a entender as dinâmicas de cada região”.
Cartografia on-line
Para evitar aglomeração em meio à pandemia da covid-19, os encontros são realizados por videoconferência com servidores designados por cada unidade socioassistencial. Segundo Daiana Silva, essa metodologia da Oficina: Cartografia Social é realizada com base em um projeto piloto já realizado presencialmente na macro-região Oeste, que engloba Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol e Brazlândia.
Nessa quarta-feira (10), foram realizadas oficinas nas macro-regiões Centro Sul, que engloba o SIA, Estrutural, Núcleo Bandeirante, Park Way, Guará e Candangolândia; e Centro Oeste, que inclui Vicente Pires, Taguatinga, Águas Claras e Arniqueiras. Na quinta (11), foram realizadas oficinas, pela manhã, nas macro-regiões Central, referente a Plano Piloto, Cruzeiro, Octogonal/Sudoeste, Lago Sul, Lago Norte e Varjão; e Leste, São Sebastião, Jardim Botânico, Paranoá e Itapoã. À tarde, na macro-região Norte, que engloba Sobradinho, Sobradinho II, Fercal e Planaltina. Na sexta (12), estão previstas as oficinas das macro-regiões Sul, que inclui Gama e Santa Maria; e Sudoeste, Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo 1 e Riacho Fundo 2.
“A reunião foi bem produtiva e interessante. Conseguimos ver, por exemplo, como aspectos históricos do território influenciam na nossa rotina, no nosso atendimento. E conseguimos sistematizar problemas que a gente, geralmente, sabe, mas não aprofunda para entender se, de fato, é aquilo ou se há outro fator que gera aquela questão. Foi um balanço positivo. É uma metodologia muita nova também, cada um aprendeu a mexer na própria ferramenta, em uma plataforma colaborativa”, ressalta a diretora de formação da Sugip.
Participam das oficinas servidores das gerências de segurança alimentar e nutricional e de todas as unidades, entre elas os Centros de Referência em Assistência Social (Cras), Centros de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e unidades de acolhimento.
Daiana Silva reforça que, com esse diagnóstico, a subsecretária de Assistência Social vai traçar estratégias específicas para qualificar o serviço em cada unidade. “Os resultados nós já vamos disponibilizar logo após as oficinas em uma plataforma pública para que a Secretaria possa trabalhar em cima desses dados.”