A Central de Libras e Interpretação (CIL) da Estação da Cidadania, na 112 Sul, está testando um serviço de videoconferência que auxilia o serviço público a conversar com as pessoas com deficiência auditiva, tendo em vista que são poucas as unidades de governo que conta com os serviços de um profissional intérprete de Libras.
A CIL é uma das unidades da Coordenação de Promoção da Pessoa com Deficiência da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh).
Um dos testes foi feito na manhã de terça-feira, dia 29 de agosto. Por meio de um aparelho com câmera em formato de tablet, chamado de VPad (Viable), o deficiente auditivo pode ligar para o serviço, e um intérprete intermedia a conversa com quem ele deseja falar aparecendo por videoconferência.
O contrário também acontece: quando um ouvinte quer falar com um surdo, ele liga para o serviço e o intérprete intermedia o diálogo. Os deficientes auditivos também podem comunicar entre si, sem custo nenhum, utilizando a tecnologia 3G e créditos telefônicos. Esta tecnologia permite a conversa também por um aplicativo de celular.
Para Isaias Leão, assessor técnico da CIL, esta tecnologia existe há 30 anos, mas somente agora está chegando no Brasil. Nós precisamos, disse, de pelo menos 200 aparelhos desses para as principais unidades de governo, tais como, hospitais, delegacias, agências do trabalhador, CRAS e CREAS.
Sueide Miranda Leite, fundador e presidente do Instituto Cultural Educacional e Profissionalizante de Pessoas com Deficiência, o Icep Brasil, também defende a aquisição por entender que o VPad ajuda o governo a efetivar uma política pública prevista no Estatuto da Pessoa com Deficiência e a Lei Brasileira de Inclusão nº 13.146 de 2015.