(11/11/2011 – 11:02)
A secretária de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (SEDEST), Arlete Sampaio, visitou na manhã desta sexta-feira (11) o Memorial Darcy Ribeiro, no Campus da Universidade de Brasília – UnB. O presidente da Fundação Darcy Ribeiro, Paulo Ribeiro, e o secretário executivo do Memorial, Ricardo Mesquita, apresentaram à secretária as instalações do Memorial, inaugurado em 6 de dezembro de 2010, pelo então presidente Lula e pelo presidente do Uruguai, José Mujica. As formas orgânicas do prédio é projeto do famoso arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé.
O Memorial possui uma biblioteca, um salão para exposições, salas para cursos de educação à distância, um cine clube e um auditório com capacidade para até 250 pessoas batizado, pelo próprio Darcy Ribeiro, de “Beijódromo”. Todo acervo da biblioteca foi doado por Darcy Ribeiro e sua primeira esposa – Berta Gleiser Ribeiro, e contém todos os 165 títulos publicados pelo antropólogo durante 50 anos de sua vida.
A exposição contém peças de diversas comunidades indígenas, desenhos de artistas famosos como um retrato do Marechal Rondon feito por Portinari e uma gravura de Athos Bulcão, além de fotos do antropólogo em campo pelas terras brasileiras. Paulo Ribeiro chamou a atenção para a foto que registra o momento em que o reitor da UnB em 1996, João Cláudio Todorov, condecorou Darcy Ribeiro com o título de Doutor Honoris Causa. “Veja como Darcy está emocionado com o título concedido pela Universidade que leva seu nome – Campus Darcy Ribeiro”, disse o presidente do Memorial.
O homem que descreveu o povo brasileiro com paixão e sem isenção.
Darcy Ribeiro, mineiro de Montes Claros (MG), foi duas vezes ministro (Gabinete Civil e Educação) e assessor direto de quatro presidentes da República: Juscelino Kubitschek; João Goulart; Salvador Allende (Chile); e Juan Velasco Alvarado (Peru). Antropólogo, historiador, cientista político, romancista e membro da Academia Brasileira de Letras, foi eleito vice-governador do Rio de Janeiro, em chapa encabeçada por Leonel Brizola, no ano de 1982. Em 1990, assumiu uma vaga no Senado, sempre pelo PDT-RJ. Faleceu em 17 de fevereiro de 1997, aos 74 anos, no hospital Sarah Kubitschek de Brasília, quando cumpria o mandato de senador da República pelo PDT/RJ.
“Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedido de sê-lo. Um povo mestiço na carne e no espírito, já que aqui a mestiçagem jamais foi crime ou pecado. Nela fomos feitos e ainda continuamos nos fazendo. Essa massa de nativos viveu por séculos sem consciência de si… Assim foi até se definir como uma nova identidade étnico-nacional, a de brasileiros…” DARCY RIBEIRO
Ascom/Sedest